Enquanto as outras crianças só choravam quando ralavam os joelhos, cortavam o pé,
doía no corpo,
eu, de repente, comecei a chorar por nada.
Chorava baixinho, escondida, com vergonha das lágrimas.
Pedaços de mim querendo fugir nos soluços.
Um soluço duro, machucando por dentro o peito e a garganta.
Meu pai, certa vez, ao me ver chorar assim,
com a mão na minha cabeça me consolou dizendo:
- crescer dói.
E então eu entendi:
eu estava crescendo
e aprendendo a chorar de tristeza.
Que lindo isso. Tão simples e tão complexo que chega dói. A dor de uma beleza que provaca...
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